Kakushinni foi uma das filhas de Shinran Shonin. Ela nasceu no Japão no século XIII e foi uma figura importante na transmissão e preservação dos ensinamentos de seu pai. Após a morte de Shinran, Kakushinni trabalhou incansavelmente para difundir a mensagem do Jodo Shinshu e foi guardiã da capela/mausoléu das cinzas de seu pai. Sua dedicação e compromisso com os ensinamentos budistas a converteram em figura notável dentro da história religiosa do Japão.
Nyoshin foi neto de Shinran através de Zenran. Nyoshin é considerado figura importante na história antiga da escola Jodo Shinshu porque a linhagem da escola passa por ele até seu sobrinho Kakunyo.
Kakunyo é considerado o terceiro Monshu do Hongwanji (mesmo que na realidade foi o primeiro a ser chamado assim). Recebeu a linhagem de seu tio Nyoshin e seu papel foi crucial pelos seguintes motivos:
(1) Alcançou o reconhecimento do Hongwanji como templo e consolidou o movimento;
(2) Estabeleceu práticas e estruturas administrativas que ajudaram a fortalecer a comunidade religiosa;
(3) Escreveu várias obras sobre a vida e os ensinamentos de seu avô Shinran, bem como sobre a doutrina.
(4) Seu trabalho ajudou a esclarecer os ensinamentos de Shinran para as futuras gerações;
(5) Por último, promoveu a veneração a Shinran, criando rituais e festivais em sua honra.
Foi necessário passar quase um século até que o oitvavo Monshu, Rennyo, conseguiu a consolidação, a expansão e a unificação do Jodo Shinshu. Sua liderança visionária e suas reformas deixaram um legado duradouro, que ainda se observa na prática moderna do Jodo Shinshu. Em continuação, nomearemos algumas das principais ações que ele tomou durante seu mandato:
(1) Realizou reformas significativas nas práticas e ensinamentos do Jodo Shinshu;
(2) Simplificou e esclareceu as doutrinas e rituais fazendo que se tornassem mais acessíveis aos leigos;
(3) Difundiu os ensinamentos do Jodo Shinshu por todo o Japão;
(4) Estabeleceu uma rede forte e bem organizada de templos e comunidades;
(5) Escreveu numerosas cartas, conhecidas como Gobunsho, para comunicar seus ensinamentos;
(6) Conseguiu superar vários conflitos e desafios, incluindo ataques de escolas rivais e problemas internos;
(7) Criou uma identidade clara e unida para o Jodo Shinshu, diferenciando-a de outras escolas budistas.
Kakunyo Shōnin, Poema
Durante o período Sengoku, Oda Nobunaga, temendo o poder do Hongwanji, tentou destruí-lo. Durante dez longos anos, sitiou o Ishiyama Hongwanji em Osaka, uma das duas principais fortalezas da escola. Em 1580, se rendou ao nono Monshu, Kennyo. Por outro lado, seu filho Kyonyo se negou a abandonar a luta, pelo que foi repudiado publicamente.
Em 1582, após a morte de Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi ascendeu ao poder. Kennyo, o novo Monshu, foi recompensado por sua oposição a Nobunaga, com terras em Kyoto (Nishi Hongwanji). Por outro lado, Kyonyo, seu filho repudiado, também recebeu o beneplácito do novo dirigente, permitindo-lhe restabelecer o templo de Osaka. Após a morte de Hideyoshi em 1598, o novo shogun concordou com Kyonyo quanto à entrega de novas terras em Kyoto, contíguas às do Nishi Hongwanji. Nascia assim, Higashi Hongwanji. Em 1619, o governo reconheceu ambas entidades como congregações separadas.
Rennyo Shōnin, Goichidaiki kikigaki, 121
A Constituição dos trinta artigos do Hongwanji, conhecida como "Hongwanji Shōno-ka" (本願寺聖則), foi promulgada no ano de 1876. Esta constituição se estabeleceu durante a era Meiji, um período de importantes reformas e modernização no Japão, que também afetaram as instituições religiosas.
A promulgação desta constituição teve como objetivo modernizar e estruturar formalmente a administração da escola Jodo Shinshu Hongwanji-ha, adaptando-se às novas condições sociais e políticas da época, enquanto mantem uma base sólida em seu ensinamento e tradições. Assim, este documento tem tido um papel crucial na coesão e estabilidade da escola Jodo Shinshu, permitindo-lhe manter sua identidade e relevância ao longo dos séculos. No contexto atual, a Constituição do Hongwanji, segue sendo relevante, ao guiar a administração de mais de 10.000 templos afiliados no Japão e em todo o mundo. Além disso, promove atividades educativas e caritativas, contribuindo para o bem estar geral das comunidades locais e para o fortalecimento da fé budista.
Ohtani Kojun (大谷光淳, Shaku Sennyo) é o 25 Monshu do Nishi Hongwanji. Como Gomonshu, é o líder, dessa importante escola budista, sendo responsável pela administração geral da mesma e da direção espiritual dos seus seguidores. Além disso, participa em cerimonias religiosas, dos ensinamentos e conferencias, e representa a Hongwanji em eventos tanto no Japão como no estrangeiro. Sua figura é importante para promover os ensinamentos de Shinran Shonin e para manter a relevância da tradição Jodo Shinshu no mundo contemporâneo.
Este tesouro nacional é uma porta de quatro pilares protegidos por um frontal e estilo chines com treliça de cipreste. É chamado de Karamon (literalmente, “porta chinesa”), embora também seja conhecida como “porta do tempo perdido”, já que se poderia perder a noção do tempo, e passar um dia inteiro admirando seus suntuosos entalhes decorativos. Foi realizada utilizando as características da arquitetura japonesa do século XVI, alguns dizem que à sua época fazia parte do antigo castelo de Fushimi Momoyama (um castelo construído por Hydeyoshi Toyotomi.
A sala de Amida é o lugar principal de culto. Foi construída em 1760 e tem a categoria de tesouro nacional. Suas dimensões são 45 metros de comprimento, 42 metros de largura e 25 metros de altura. No altar central há uma imagem de madeira do Buda Amida, ladeada por retratos de seis dos sete mestres raízes da Terra Pura. Nas salas laterais há dois retratos, à esquerda Honen, e à direita um dos primeiros mecenas do budismo japonês, o príncipe Shotoku.
Esta sala é consagrada ao mestre Shinran. Reconstruída em 1636, suas dimensões são um pouco maiores que o Amidado, uns 62 metros de comprimento, 48 de largura e 29 metros de altura. No altar central está consagrada uma imagem de madeira de Shinran Shonin, enquanto que ao lado de Shinran se exibem os retratos dos sucessivos Monshu. A maior parte das celebrações, que acontecem no Hongwanji, se realizam aqui.
O Shoin do Hongwanji-ha consta de câmaras ricamente decoradas com pinturas murais e serigrafias de excepcional qualidade, cujo estilo arquitetônico e artístico datam, em sua maioria, de finais do século XVI. Aproximadamente, o complexo se divide em duas partes: a sala principal de audiências, e o conjunto de três câmaras decorativas. A oeste, da sala de audiências principal existem várias câmaras auxiliares (a câmara dos pardais, a câmara dos gansos selvagens e a câmara do crisântemo).
Rennyo Shōnin, Goichidaiki kikigaki, 312
Hongwanji-ha significa o templo do voto original. Foi Kakunyo quem o nomeou depois que foi reconhecido como um templo em 1312.
Após a morte de Shinran, seus restos mortais foram enterrados nas colinas do leste de Kyoto, chamadas Otani, e o local foi marcado por um simples obelisco de pedra. Posteriormente, uma capela hexagonal ou mausoléu foi erguida nesse local. Finalmente, na época de Kakunyo, foi construído o templo do voto original.
Shinran Shōnin declarou enfaticamente que não desejava que seus restos mortais fossem venerados após sua morte. No entanto, muitos seguidores vieram prestar suas homenagens, mesmo de lugares tão distantes quanto Kanto. Por esse motivo, em 1272, a filha mais nova de Shinran, Kakushinni, transferiu suas cinzas para um local onde todos pudessem prestar suas homenagens.
Kakushinni tornou-se o ruzushiki ou guardião do mausoléu e do terreno em que ele se encontrava. O consenso dentro do Hongwanji é que a linhagem passou de Shinran para o filho de Zenran, Nyoshin, e dele para o neto de Kakushinni, Kakunyo, que acabou obtendo o reconhecimento do mausoléu como um templo e que consagrou uma linhagem de sucessão que remonta a Shinran.
Existen en Japón diez órdenes o instituciones Jōdō Shinshu, entre las cuales Jōdō Shinshu Hongwanji-Ha y Ohtani-ha son las principales en términos de número de seguidores y de relevancia histórica, además de ser las únicas que tienen expresión por fuera de Japón.
O monge principal do templo-mãe Hongwanji-ha é chamado de monshu ou guardião, que é escolhido entre os descendentes de sangue de Shinran Shonin. Essa figura, embora central dentro da escola, tem um papel principalmente honorário, já que a escola é governada por processos democráticos dos quais participam monges e leigos. O atual monshu é Ohtani Kojun, o 25º monshu desde Shinran Shonin.
Devido ao papel dos monges em nossa escola e à natureza do Dharma ensinado em nossa escola, não há ninguém acima de ninguém, nenhum líder cujo entendimento e decisão sejam inquestionáveis. A Jōdō Shinshū Hongwanji-Ha é uma organização muito democrática, tanto em nível central quanto na base de cada templo ou associação, com a participação de monges e leigos. No entanto, temos uma figura que é tradicionalmente considerada central, tendo um papel mais honorário, que é o abade do templo matriz Nishi Hongwanji, que recebe o título de monshu (guardião), geralmente traduzido como Patriarca, que é descendente de Shinran Shonin. O atual Gomonshu é Ohtani Kojun, o 25º no cargo.
Rennyo Shōnin, o oitavo Gomonshu do Honganji, é considerado o "restaurador" ou "segundo fundador" do Jōdo Shinshū, pois transformou a incipiente ordem Shinshū em uma das escolas budistas mais conhecidas e deu a ela uma identidade institucional própria. Antes de seu mandato, as dez escolas Jodo Shinshu fundadas pelos vários discípulos de Shinran tinham influências semelhantes, mas depois de Rennyo, a ascendência da escola Hongwanji-ha foi imparável. Especialmente relevante foi sua liderança durante um período difícil de guerras medievais entre senhores feudais e camponeses rebeldes. Como restaurador do Jōdo Shinshū, ele tem um lugar especial no altar de nossa escola. Rennyo foi o oitavo monshu e responsável pela expansão da escola Hongwanji. Seu sucesso foi baseado em sua maneira de comunicar os ensinamentos em uma linguagem vigorosa e coloquial, especialmente por meio de cartas que hoje chamamos de Gobunsho ou Ofumi.
No século XVI, houve um conflito de sucessão. Após a morte de Kennyo, o 11º monshu, seu filho mais velho o sucedeu; no entanto, o testamento de Kennyo nomeou seu terceiro filho, Junnyo, como seu sucessor. Os senhores feudais da época, Hideyoshi e Tokugawa, apoiaram cada um dos filhos, o que resultou na divisão da escola em dois ramos: Nishi (oeste) e Higashi (leste).
Além do Japão, a Jōdo Shinshū, tanto a Jōdo Shinshū Hongwanji-Ha quanto a Otani Hongwanji, têm comunidades em diferentes países. No caso específico da nossa escola, ela está presente no Havaí, nos Estados Unidos continental, no Canadá, no Brasil, na Argentina e no Peru, no México, na Austrália e em vários países europeus.
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